DPS
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DPS- Dispositivo de Proteção contra Surtos Atmosféricos (Raios)

DPS dispositivo de proteção contra raiosNão devemos é claro menosprezar a utilização dos “para raios” que já conhecemos, pois cada caso é um caso, o que temos a fazer é analisar as características de proteção contra as descargas atmosféricas, consultando um especialista no assunto.

O Para Raios oferece uma excelente proteção contra essas descargas, mas tem algumas situações em que pode acontecer um desvio da descarga elétrica do raio por outro caminho, e assim chegando dentro da residência, causando a queima de equipamentos elétricos.

O raio pode percorrer distâncias enormes.
Basta ter um condutor metálico apropriado tais como a rede elétrica externa e a rede telefônica, que o raio pode entrar na sua casa sem estar protegida pelo Sistema de Para Raios, e assim conduzir os efeitos de um Raio que caiu nas proximidades e não foi detectado pelo para- raio.

Então a tecnologia nos traz o DPS – dispositivo de proteção contra surtos, uma espécie de disjuntor que se desliga (desarma) quando é percorrido pela descarga elétrica produzida por um raio.

Existem dois tipos de DPS:

Classe I – Indicado para locais sujeitos a descarga de alta intensidade, sendo a rede elétrica aérea e exposta diretamente à incidência do Raio.
É instalado na entrada da rede local.

Classe II – Indicado para locais com rede elétrica interna (embutida ou subterrânea).
É instalado diretamente dentro do Quadro de Distribuição.

São regulamentados pela ABNT- NBR NM 60898 e NBR IEC 60947-2

Função do Para Raios e do DPS

A instalação de Para Raios ou DPS são funções distintas e protegem as instalações elétricas e equipamentos de maneiras diferentes, mesmo sendo direcionados para a mesma função primordial que é “Proteção contra Surtos Atmosféricos – Raios”.

O Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica- SPDA, está regulamentado pelas NBR 5410, 5419,e 7117 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

O Para Raios tem a função primária de proteção a toda estrutura externa e interna de uma residência, prédio, estádios, etc.

Mas não impede que o efeito de transmissão de uma sobre carga elétrica provocada por um Raio na rede elétrica ou telefônica externa e distante chegue até o interior de uma residência, provocando grandes prejuízos internos nos equipamentos que estejam conectados nas tomadas.

A instalação de um sistema de Para Raios, é relativamente onerosa, e indicada para prédios e indústrias, ou instalação em locais em que se torna indispensável à completa proteção para equipamentos de serviços essenciais.

Deve-se levar em consideração que a incidência de Raios, sempre ocorre nos locais mais altos (Para Raio em cima de prédios, elevações geográficas como morros e montanhas, árvores altas, etc), e partindo dessa observação, se houver essas condições próximas da residência, ela estará relativamente protegida da incidência direta do Raio, mas não protegida de sobre cargas vindas diretamente pela rede elétrica.

O DPS protege sua rede elétrica

Já o DPS, é um dispositivo parecido e instalado exatamente como um disjuntor comum na caixa de distribuição geral (QDG), ou entre o equipamento e a tomada de energia (DPS individual), dependendo do modelo disponível, cuja função é proteger diretamente a rede elétrica interna ou o equipamento contra uma sobre carga (pulso de alta tensão) oriunda de surto atmosférico (Raio) externo conduzida através da rede propriamente dita e descarrega-la diretamente para a terra.

Instalação do DPS – Dispositivos contra surtos atmosféricos

Esses modelos de DPS como já dito, são instalados diretamente nos QDGs, onde entram a fase ou as fases de um lado e neutro incluso, e do outro lado são conectados diretamente os condutores (cabos) direcionados a haste de aterramento.

São instalados na entrada da rede elétrica ou dentro da caixa de disjuntores de proteção (QDG), conforme diagrama a seguir:

O triângulo na cor verde são hastes de aterramento.

Os marcados em vermelho são DPS.

São conectados às fases e neutro de um lado, e o outro lado vai diretamente a terra, por meio de um condutor elétrico.

fontes:

Tenha o DPS instalado no padrão de entrada.

Se essas duas condições forem atendidas, pode-se entrar em contato com a concessionária que ela deve pagar todos os custos de manutenção ou substituição do equipamento.

 

Equipamentos com DPS Classe III

Existem no mercado muitos equipamentos e dispositivos “anti-raios” ou com proteção contra sobretensão, como: filtros de linha, “réguas” de tomadas, adaptadores, plugues, estabilizadores e “no-break”.

 

A maioria deles, os de qualidade, possuem um elemento de proteção contra surtos, como o varistor, e que são enquadrados na categoria de DPS Classe III.

 

Porém, ainda é muito grande a propaganda exagerada ou falsa de dispositivo para vender algo sem proteção alguma além de um fusível como um protetor “anti-raios”.

 

Tome cuidado! Veja se está escrito nas descrições técnicas alguma informação como: proteção contra sobretensão, varistor, MOV (metal oxide varistor – varistor de óxido metálico), GDT (gas discharge tube – tubo de descarga à gás) ou SAD (silicon avalanche diode – diodo de sílício de efeito avalanche).

 

Exemplo de um DPS Classe III do fabricante Clamper

 

               

Conclusão

Mesmo sendo um elemento de baixo custo e de grande importância, ainda existe muita desinformação e descaso com relação ao DPS, o que acaba impedindo que ele seja utilizado amplamente, como exige a norma.

 

Não podemos achar que somente o disjuntor termomagnético, um fusível ou estabilizador são capazes de proteger contra surtos/raios, é de extrema necessidade que tenhamos uma combinação de dispositivos protetores contra surtos (DPS) para a melhor proteção da instalação, equipamentos e pessoas contra surtos e raios.

 
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